Culto ecumênico da AD/3

 

Dia 1° de setembro nos reunimos, para juntos comemorarmos os 100 anos da construção deste prédio histórico, que fora construído para abrigar em 1922 a 3ª Brigada de Artilharia oriunda de outras instituições militares que foram desativadas dentro de um processo de atualização do Exército Brasileiro de suas Unidades Militares de acordo com as demandas estratégicas de defesa da soberania Brasileira e que hoje sedia o COMANDO DA ARTILHARIA DIVISIONÁRIA DA 3ª DIVISAO DE EXÉRCITO, a qual tão bem vem cumprindo o seu papel estratégico, assim como honrando o legado dos seus antepassados, não poderíamos deixar de fazer uma correlação com o planejamento de que é feito no mundo espiritual por Jesus Cristo e toda a sua equipe de anjos chefiada por Ismael na condução desta Pátria do Evangelho.

 Pois não comemorarmos  apenas o aniversário da construção física em si de um prédio, pois este além de servir como um local logístico, é na verdade uma simbologia da reunião de um grupo de Militares que se formou desde os tempos da campanha militar da Tríplice Aliança  com o objetivo de fazer frente aos desmandos da tirania e de promover a paz, pois é importante  desvincularmos de que o Militar é aquele que busca a guerra, mas sim pelo contrário, que por conhecer os horrores de que provem das mesmas, procura ao máximo para que as mesmas não aconteçam, mas se for inevitável, então que esteja preparado.

Pois em meio a um cenário de tantas lutas e tendo a visão sob a ótica da Doutrina Espirita que Segundo o Livro dos Espíritos mediante a pergunta 742 realizadas aos espíritos:  Que é o que impele o homem à guerra? “Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhece – o do mais forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é um estado normal. À medida que o homem progride, menos frequente se torna a guerra, porque ele lhe evita as causas, fazendo-a com humanidade, quando a sente necessária.”

E que na pergunta 743 ainda do Livro dos Espíritos, da face da Terra, algum dia, a guerra desaparecerá? “Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Nessa época, todos os povos serão irmãos.” 

Alicerçada nos ensinamentos de Jesus, orienta a Doutrina Espírita, que somente o progresso moral da humanidade fará o bem triunfar sobre o mal, transformando o planeta de provas e expiações, no qual ainda impera o orgulho e a vaidade em um planeta de regeneração, onde prevalecerá o respeito e a igualdade.

Essa mudança só será possível com a contribuição de cada indivíduo na construção do caminho para a paz, permitindo que todos os povos possam ser irmãos. Nesse dia a guerra será substituída pelo amor!

 O que nos faz lembrar uma conhecida advertência feita por Jesus registrada pelo evangelista: "Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a Terra!" (Mateus, 5:5.)

Podemos hoje compreender que dentro de um planejamento Espiritual e Material da construção de um país, como sendo a Pátria do Evangelho, como é narrado no livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, de autoria espiritual de Humberto de Campos e psicografado por Francisco Cândido Xavier, Editado pela FEB, que esses dois planos  que aqui falamos estão em sintonia, pois de acordo com o Evangelho Segundo o Espiritismo no Cap V Bem-Aventurados os Aflitos, no Item 29, que trata sobre o assunto do Sacrifício da própria vida, traz a orientação de que o verdadeiro devotamento, consiste em não temer a morte, quando se trata de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer de antemão e sem pesar, o sacrifico da vida, se for necessário.

 

Desta maneira, não poderia ter sido escolhido melhor denominação histórica para a AD/3 de que a de “AD BRIGADEIRO GURJÃO”, em homenagem ao herói militar brasileiro Hilário Maximiano Antunes Gurjão, comandante da 17ª Brigada de Artilharia, na Guerra da Tríplice Aliança, que ao receber ordem de que a ponte sobre o arroio Itororó fosse defendida a qualquer preço. Mesmo com menor efetivo e grande parte de seus comandantes, fora de combate ou mortos. Depois de diversas tentativas frustradas, verificando a hesitação das tropas, tomou à dianteira e bradou “Vejam como morre um general brasileiro!”. Os soldados motivados pelo exemplo avançam e conquistam a ponte, porém sendo mortalmente ferido, cumprindo desta maneira o verdadeiro papel de um soldado cristão, de que não combate porque odeia o que está a sua frente, mas porque ama o que está por trás dele, pois como Jesus nos ensinou “ Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos”, segundo Evangelho de João cap 15 ver 13

Que ao comemorarmos hoje o aniversário dos cem anos da construção desta instalação militar da AD/3, possamos renovar o compromisso dos nossos antepassados e que possamos, a cada dia travarmos a batalha de sermos um ser humano melhor, pois para isto aqui estamos nesta escola chamada Vida e que um dia retornaremos para a nossa verdadeira morada na pátria espiritual.

Parabéns a todos os integrantes e ex-integrantes da AD/3 “AD BRIGADEIRO GURJÃO”.